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Forte dos Reis Magos: A Fortaleza em Forma de Estrela que Deu Origem a Natal

Forte reis magos

`Situado na foz do Rio Potengi, onde o rio encontra o Atlântico, ergue-se uma fortaleza em forma de estrela que marca o nascimento da cidade de Natal, no Rio Grande do Norte. O Forte dos Reis Magos é muito mais do que um ponto turístico — é um monumento vivo da história colonial do Brasil, guardando séculos de conquistas, conflitos e construção de identidade cultural.

Para quem visita Natal e deseja entender suas origens, o forte é uma parada obrigatória. A seguir, você vai conhecer sua história, importância estratégica, arquitetura singular e o papel que desempenhou desde sua fundação até os dias atuais.


O Nascimento de uma Cidade: Por que o Forte foi Construído

Para compreender o Forte dos Reis Magos, é preciso voltar ao final do século XVI. O litoral nordestino era um território cobiçado, rico em pau-brasil — madeira valiosa na Europa, usada para produzir tinta vermelha. Na época, corsários franceses comerciavam com os povos indígenas potiguares, desafiando o domínio português.

Para assegurar o território e expulsar os franceses, a Coroa Portuguesa — então sob o comando de Felipe II da Espanha, durante a União Ibérica — ordenou a construção de uma fortificação.
Em 6 de janeiro de 1598, dia de Reis (Epifania), os portugueses iniciaram a obra de uma estrutura provisória. A data inspirou o nome da futura fortaleza.
Um ano depois, em 25 de dezembro de 1599, nasceu oficialmente a cidade de Natal, batizada em homenagem ao dia de Natal.

O local escolhido tinha importância estratégica: construído sobre um recife na entrada do rio, o forte permitia vigiar toda a costa e controlar o acesso ao interior, protegendo a nova colônia de ataques vindos do mar.


Entre Portugueses e Holandeses: A História em Batalha

A trajetória do Forte dos Reis Magos é marcada por disputas, ocupações e reconstruções que refletem o turbulento período colonial do Brasil.

Da Terra ao Pedra e Cal

A primeira versão do forte era feita de taipa e madeira, mas sua relevância militar exigia algo mais resistente.
Em 1614, o engenheiro militar Francisco de Frias da Mesquita redesenhou a estrutura, transformando-a no polígono estrelado que conhecemos hoje — um modelo típico da arquitetura militar renascentista.
Esse formato eliminava pontos cegos e permitia cruzar os tiros dos canhões em defesa total. As novas muralhas, de pedra maciça, foram equipadas com canhões de bronze e ferro. No interior, foram construídos alojamentos, depósitos e uma cisterna para armazenar água da chuva.

A Invasão Holandesa e o “Kasteel Keulen”

No século XVII, a Companhia das Índias Ocidentais da Holanda mirou o Nordeste brasileiro por causa do açúcar.
Depois de conquistar Pernambuco, os holandeses avançaram para o Rio Grande do Norte. Em dezembro de 1633, um forte exército invadiu o Forte dos Reis Magos. Após uma semana de combate intenso, os portugueses se renderam.

Os holandeses ocuparam o local por duas décadas, rebatizando-o de Kasteel Keulen (“Castelo Colônia”), em homenagem a um de seus diretores.
Eles reforçaram as muralhas e construíram rampas de terra para compensar vulnerabilidades contra ataques vindos das dunas próximas. O forte se tornou parte essencial da administração holandesa até 1654, quando foram expulsos e os portugueses retomaram o controle.


Detalhes Arquitetônicos do Forte

Visitar o Forte dos Reis Magos é mergulhar na história. Ao atravessar a passarela que liga o continente à fortaleza — um caminho que no passado só podia ser acessado na maré baixa — o visitante tem a sensação de voltar no tempo.

Destaques da visita:

  • Formato em estrela: O traçado pentagonal é o elemento mais icônico, representando o estilo dos fortes abaluartados do Renascimento.
  • Capela e paiol: No centro do pátio interno, há um edifício de dois andares — a parte inferior abriga uma capela, e o andar superior, o depósito de pólvora.
  • Alojamentos e cisterna: Ao redor do pátio estão os antigos dormitórios, a casa do comandante e depósitos. Uma grande cisterna no solo garantia água potável durante cercos prolongados.
  • Canhões e muralhas: Vários canhões ainda estão voltados para o mar, exatamente como há séculos. Das muralhas, é possível apreciar uma vista panorâmica do Rio Potengi, da Ponte Newton Navarro e do Oceano Atlântico.

O Forte Hoje: Símbolo de Natal e do Turismo Potiguar

Atualmente, o Forte dos Reis Magos é um dos principais cartões-postais do Rio Grande do Norte. Após passar por restaurações, o local é administrado pela Fundação José Augusto e funciona como museu e centro cultural.

Os visitantes podem explorar as salas internas, conhecer exposições históricas, visitar a capela e observar artefatos que narram a formação da cidade.
Mais do que um monumento, o forte é um símbolo vivo da origem de Natal — um elo entre o passado colonial e o presente turístico da capital potiguar.


Informações para Visita

  • Localização: Praia do Forte, Natal – RN.
  • Acesso: Por passarela que parte da praia até a entrada do forte.
  • Duração ideal da visita: Cerca de 1 hora, para explorar o local, ler as placas históricas e apreciar a vista.

Um Marco Histórico Imperdível

O Forte dos Reis Magos é muito mais do que uma antiga construção militar: é o coração da história de Natal.
Testemunha de batalhas entre impérios e do nascimento de uma cidade, a fortaleza representa a resistência e a identidade do povo brasileiro.

Seja você amante da história, da arquitetura ou simplesmente um viajante em busca de experiências autênticas, essa fortaleza em forma de estrela é uma atração que não pode faltar no seu roteiro por Natal.

vinicius@poussee.com.br

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